segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Que Excalibur é esse?


Não. Não estou falando da lendária espada mística cedida a Arthur pela Dama do Lago em um poema galês ou, em outra versão (o poema Merlin), em que ele se torna o verdadeiro monarca britânico ao retirar a espada encantada de uma pedra. Também não há relação com As Brumas de Avalon. O Excalibur em questão é a mais nova encarnação do grupo inglês, escrita por Chris Claremot e desenhada por Michael Ryan, formado majoritariamente por mutantes e que estréia em janeiro na revista X-Men Extra. Quem sabe até o rei Arthur pode fazer uma visita?

Uma nova formação para o Excalibur?

O primeiro Excalibur surgiu com os roteiros de Chris Claremont e desenhos de Alan Davis (também co-roteirista), e durou de 1988 a 1998. Os dois refizeram a dobradinha recentemente em Fabulosos X-Men, com Davis deixando o título no meio do arco de Dinastia M - que lembra bastante o estilo de Excalibur - e dando lugar a Chris Bachalo.

Mas voltando ao Excalibur, sua primeira versão teve como membros originais os mutantes Noturno, Rachel Summers (que carregava a alcunha de Fênix), Lince Negra (e seu dragão Lockheed), além da metamorfa empata Meggan e do Capitão Britânia, Brian Braddock, irmão da X-Man Psylocke.

O Excalibur original

O Capitão Britânia seria um de milhares de guardiões extra-dimensionais que recebem seus poderes da filha de Merlin, Roma. Sua principal responsabilidade era a guarda de um farol (na verdade, um vértice de todas as realidades). Parece "viagem"? E é. E não surpreendentemente temos o dedo de Alan Moore nessa história.

Formado provisoriamente para enfrentar criaturas enviadas à nossa realidade por Mojo, o primeiro grupo acabou se tornando permanente em um momento em que os X-Men haviam sido dados como mortos. Suas missões giraram em torno da proteção da realidade da terra 616, o que rendeu histórias ao mesmo tempo bizarras e bem humoradas. Aliás, a própria designação do número da realidade principal do mundo Marvel saiu dessas histórias. Suas fileiras ainda contaram com membros como Feron, Cerise, Kylun, Lupina, Colossus, Pete Wisdom e Douglock. O primeiro volume se encerrou com o casamento de Brian com Meggan.

Houve uma rápida segunda geração em 2001, que constou de uma mini-série de 4 edições. Contando com Capitão Britânia, Meggan, Psylocke e o Cavaleiro Negro, terminou com Brian se tornando o monarca de um reino extra-dimensional.

Excalibur em Genosha: prelúdio para Dinastia M

O terceiro volume da série destoou bastante do tema. Com Claremont como roteirista, contou por muito pouco tempo (14 edições) a tentativa de Charles Xavier e Magneto de reconstruir a Genosha destruída por Cassandra Nova. Porém, com a proximidade de Dinastia M, a revista acabou funcionando como um prelúdio para a saga e, perdendo sentido com sua conclusão, foi cancelada em maio de 2005.

Falando dessa nova série, conhecida lá fora como New Excalibur, tem início mais uma vez com Brian Braddock como ponto central da reformulada equipe britânica formada logo após o Dia-M.

Após liderar o salvamento da integridade do Universo 616, que custou o sacrifício de Meggan, o Capitão Britânia está de volta à Inglaterra.

Capitão Britânia por Alan Davis

E logo um mistério surge, quando Alison Blaire, a Cristal, é atacada mortalmente nas ruas de Londres. Os principais suspeitos? Os X-Men originais. Talvez só o grupo reunido por acaso no mundo de Dinastia M - Brian, Fanático, Nocturna e Pete Wisdom - seja capaz de solucionar o caso e ir atrás dos responsáveis. A lenda de Excalibur mais uma vez renasce.


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