quinta-feira, 19 de abril de 2007

Então desceu fogo do céu


A onda de energia toma forma

O transcorrer do tempo pode ser uma coisa curiosa no mundo das HQs, especialmente quando falamos de um universo cuja história "real" tem mais de 40 anos. Pudemos ver isso na primeira parte do arco dos Novos Vingadores que estreou nesse mês de abril, na edição nº 39 de sua revista. Apesar de meses de publicações após o fim de Dinastia M, passou-se apenas uma semana após a Feiticeira Escarlate pronunciar as palavras que reduziram a população mutante a um décimo. No processo de encerramento da realidade que ela mesma criou, ainda liberou uma grande quantidade de energia, desde então orbitanado ao redor da Terra. É sobre essa energia, e algumas outras coisas, de que trata esse prelúdio da Guerra Civil na qual o mundo Marvel se envolverá.

Uma dessas outras coisas é a corrupção que parece contaminar a cadeia de comando da SHIELD, como pudemos ver na missão dos Novos Vingadores na Terra Selvagem e, mais tarde, mais explicitamente no arco de apresentação de Ronin como seu membro. Aliás, o grupo que mantém viva a lenda dos heróis mais poderosos da Terra parece ser visto como ameaça por essa "nova" SHIELD, expressamente na péssima relação de sua atual diretora – Maria Hill – desde que soube de sua reunião.

Nessa edição vemos uma discussão de Tony Stark (que sabe da antipatia com relação aos Novos Vingadores, e parece não dar a mínima) com a Diretora Hill, furiosa com a apresentação pública da equipe. Além das boas doses de humor do curto diálogo, uma informação importante vem à tona: após ouvir uma traumatizada Fantasia balbuciar "Dinastia M", e saber que uma semana antes os Vingadores e os X-Men se dirigiram juntos até Genosha e que logo depois se iniciou-se a dizimação, Hill liga os pontos e deduz que tudo tem ligação. Tony consegue desconversar e em seguida uma preocupação maior "cai no colo" da Diretora.

Tony Stark & Maria Hill

A energia liberada ao fim da Dinastia M se volta para a superfície da Terra e desfere um impacto fulminante, destruindo e matando todos os habitantes da cidade de Pólo Norte, localizada no estado americano do Alasca. Do centro da explosão surge um ser humanóide que parece composto de toda essa energia. Ele se levanta e segue em direção ao sul. Detectado pela SHIELD, que não faz idéia do que se trata, ele começa a ser monitorado e, se possível, parado.

A energia volta à Terra

As leituras são inconclusivas e o ser apresenta super-habilidades. DIVERSAS super-habilidades. Ele ao mesmo voa e se move a uma velocidade de 300 Km/h. Apresenta super-força e super resistência, além de uma visão privilegiada que percebe o monitoramento. E vá saber o que mais pode fazer. Na tentativa de detê-lo, Maria Hill coloca todo o arsenal da SHIELD (inclusive utilizado para combater o Hulk!!), mas, teimosa, recusou-se a pedir a ajuda óbvia: os Novos Vingadores.

Com a criatura de energia já em terras canadenses, e continuando em direção sul (se está perdido, cate um mapa aí!), a principal (única?) equipe de super-heróis do Canadá acaba sendo contatada pela SHIELD para interceptá-la. Bom... digamos que, caso você não conheça a Tropa Alfa, não precisa esquentar a cabeça. Eles foram aniquilados em um piscar de olhos.

O fim da Tropa Alfa

Em plena dizimação, a ajuda dos X-Men é quase impossível. O Quarteto Fantástico também não está disponível. Com a ameaça se aproximando dos EUA, Hill entra em contato com o presidente americano (aliás, retratado de uma forma muito engraçada). Ele a pressiona, questionando se algum assunto pessoal seria um motivo para o sacrifício de vidas civis inocentes, até que a diretora desista e convoque seus desafetos.

Essa edição - que tem roteiros de Brian Michale Bendis e os magníficos desenhos de Steve McNiven - ficam as perguntas: o que é exatamente essa criatura? Qual seu objetivo nessa jornada em que destrói tudo que vê em seu caminho que deixaria o Fanático com inveja? Serão os Novos Vingadores capazes de deter tal ameaça? E, ao final disso tudo, de que lado eles estarão?


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