sexta-feira, 20 de julho de 2007

Momentos surpreendentes!!!

Os fãs de Lost, Heroes e outras séries já se acostumaram com os famosos intervalos entre temporadas. Um final de temporada bombástico e meses seguidos de espera pela continuação. Esse estilo já está ganhando espaço nos quadrinhos. Estamos prestes a ver o final da 2ª temporada dos Supremos e estamos vivenciando a estréia da 2ª temporada de Surpreendentes X-Men. Sendo assim, nada melhor que recordarmos os 10 melhores momentos da 1ª temporada.

Os surpreendentes X-Men

O retorno de Kitty Pryde: ela estava já há muito tempo em uma espécie de limbo. Havia abandonado os X-Men e decidido viver como uma jovem normal. Mas Joss Whedon, fã de longa data da personagem, a trouxe de volta e lhe deu destaque. Prova disso que ela é a primeira da equipe a aparecer, relembrando vários momentos clássicos de sua passagem na equipe. John Cassaday também merece créditos, por desenhá-la bonita, mas sem torná-la uma "dama fatal". Os fãs de Kitty, entre os quais me incluo, agradecem.



Kitty Pryde está de volta

Pryde vs Frost: a volta de Kitty trouxe algo que foi, sem dúvida, destaque na série. A rivalidade entre essas duas personagens começou logo na primeira edição. Mas nada de socos e pontapés gratuitos. Whedon mostrou que personagens de HQs podem ser muito mais que isso. As duas se enfrentam com alfinetadas verbais muito boas, uma melhor que a outra. O motivo disso tudo não é à toa, afinal, quando ainda era uma garota de 13 anos e nem tinha idéia direito de seus poderes, Kitty encarou como sua primeira vilã, nada menos que Emma Frost. Uma rivalidade com excelente background.

Lockheed voa mais uma vez: os fãs mais antigos sentiam falta dele, que sumiu sem deixar muitas explicações. Seu retorno também não foi explicado, ao menos por enquanto, mas poucos fãs ligaram para isso. Afinal, depois que ele já chegou salvando os X-Men de Ord, Whedon estava mais do que desculpado. Que as novas gerações de leitores possam conhecer Lockheed, um dos melhores coadjuvantes dos X-Men.



Lockheed
 
A cura: isso foi o que definiu o primeiro arco da série. Uma aliança entre o alienígena Ord e a Dra. Kavita Rao possibilita a realização da cura definitiva das mutações. O assunto não é novidade nas histórias dos X-Men, mas foi muito bem explorado aqui, a ponto de influenciar o roteiro do filme X-Men: O confronto final. Pudemos ver um vilão extraterrestre que tinha motivos para promover a cura, pois ele acredita que um mutante irá destruir seu planeta natal. Uma cientista que pretende curar os mutantes não por odiá-los, mas porque realmente acredita ajudá-los. E pudemos testemunhar o drama de dois mutantes: o Fera, tentado em tornar-se humano de novo e o Asa, um jovem que ama seus poderes mas se vê privado deles por Ord. Não sabemos se Whedon pretendia explorar mais o assunto, pois o Dia M mudou tudo, mas até aqui foi ótimo.

O melhor no que faz: 10 entre 10 fãs dos X-Men concordam em pelo menos uma coisa, o Wolverine aparece demais hoje em dia, e quase sempre não é bem desenvolvido. Whedon enxergou o potencial do personagem e teve coragem de tirar Logan do papel de protagonista e torná-lo um secundário na série. O resultado: o melhor Wolverine em muito tempo. Ele entra no quarto do líder da equipe para provocá-lo, pensa em cerveja na hora da luta e dá porrada em quem quer receber a cura. Um Logan 100% autêntico com o que ele sempre foi, como não se via há tempos. Cassaday também o desenha baixinho e mal-encarado, nada de pose de galã à lá Hugh Jackman. Esse Wolverine é mesmo o melhor no que faz.



O melhor no que faz
 
Colossus: ressurreições já estão mais do que batidas nos quadrinhos, mas a de Colossus foi diferente por três motivos:
a) tinha tudo a ver com o arco, pois Ord utiliza-se da cura para o Vírus Legado no sangue de Colossus para produzir a cura dos mutantes;

b) durante a história, Whedon fez o leitor pensar que seria mais uma ressurreição de Jean Grey, e nos surpreendeu com a aparição repentina do Colossus (quem não havia visto spoilers, é claro);

c) produziu uma das cenas mais emocionantes dos quadrinhos, que foi o primeiro encontro de Colossus e Kitty Pryde. Sem palavras, Whedon e Cassaday passaram toda a emoção do momento.



Momento ímpar na série
 
Arremesso especial: sem palavras, a imagem diz tudo.



Sem palavras, a imagem diz realmente tudo
 
Sala de Perigo malvada: a descrição desse arco soa muito tosca, mas é muito bom. A Sala de Perigo se mostra uma inteligência artificial maligna, ameaçando os alunos do Instituto. Nos é revelado que ela sempre foi programada para matar e não o fazia por travas de segurança criada pelos Shiars e mantida por Xavier, que sabia que a Sala era viva, mas a manteve presa pois ela seria mais útil assim.

Charles Xavier: a cada dia é mostrado mais e mais do lado negro do professor, e aqui foi o início do fim da relação entre Xavier e o Instituto que leva seu nome. A cara de pau de Xavier em elogiar os X-Men pela missão cumprida é de irritar, pois Perigo só se torna vilã por causa dele. A cena dos X-Men dando as costas para Xavier na capa foi marcante para todos.



Charles Xavier: o começo do fim
 
A cena final: Emma Frost aparece várias vezes conversando com alguém misterioso, e parecem tramar algo. Na cena final nos é revelado que essas pessoas são nada mais, nada menos que o novo Clube do Inferno. Formado agora por Sebastian Shaw, Cassandra Nova, Míssil Adolescente Megassônica e uma misteriosa figura encapuzada. Seria Emma realmente uma traidora? Respostas só na 2ª temporada, como uma típica série de TV de sucesso.



Novo Clube do Inferno
 
Outro que merece menção é Scott Summers, que sempre foi um grande líder, mas desde a fase de Grant Morrison tem crescido como personagem e atingiu seu ápice nas mãos de Whedon. Agora é esperar para ver o que Whedon guardou na manga, nessa série tão esperada pelos fãs e que se tornou um oásis no meio dos Milligans e Claremonts da vida.

Eddie

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