terça-feira, 7 de agosto de 2007

Supremos: Fim de uma era

Os Libertadores foram derrotados. Os heróis do Ultiverso estão soltos. E os Supremos estão finalmente re-agrupados. Mas um desafio de proporções divinas ainda precisa ser derrotado pelos super-soldados. Simplesmente, o próprio deus da trapaça, Loki. O poder da Feiticeira Escarlate traz o próprio Thor para a batalha. Mas o deus do trovão é verdadeiro ou não? A resposta para essa pergunta está em Marvel Millennium nº67, com a conclusão do volume dois de Supremos.


A conclusão

Em um hospital na Noruega, alguns enfermeiros tentam conter um homem que está sofrendo um surto. Nada demais, se o homem em questão não fosse aquele que conhecemos como Thor. O irmão dele chega ao local, e os enfermeiros afirmam que ele se autodenominou Poderoso Thor, sonhando com deuses e heróis. Seria então tudo mentira? Thor não passa de um louco alucinado?

Uma farsa?

Como na maioria das coisas, as aparências enganam.

Era apenas uma ilusão. Uma tentativa de Loki enganar seu irmão mais uma vez. Mas o deus do trovão reage, percebendo a verdade por trás das mentiras e ilusões. Como resposta, o deus da trapaça recebe um violento golpe do mjolnir.



Thor vs Loki

Mas Loki não morreu, e inicia um ataque em massa com as mais variadas hordas de Asgard. Tais como: Surtur, Ymir, Trolls, Dragões e Gigantes.

O Capitão América dá ordem para os Supremos recuarem. Thor ataca Loki, que revida usando seu poder para se multiplicar e dizendo que Thor morrerá sozinho e na lama. Mas o deus do trovão responde que nunca iria até ali sozinho.

Nesse momento, ocorre um dos grandes momentos da história. Um arco-íris corta os céus de Washington, formando uma enorme ponte. E quando ela aterrisa no chão, dela sai simplesmente um exército de asgardianos. A chegada do exército é coroada com um pedido de desculpas do Gavião Arqueiro, por ter duvidado de Thor. Com os ânimos renovados, Steve Rogers dá a ordem para o ataque.



Os asgardianos

E somos presenteados com uma sensacional página óctupla. Com os Supremos e o exército asgardiano atacando as hordas de Loki. Simplesmente fantástica. Infelizmente, não pode ser reproduzida aqui devidamente.

Loki finalmente é derrotado por Thor. O vilão revela todas as ilusões que fez. Como alterou até mesmo o fato da Noruega não estar na União Européia, como fez todos verem Rogers matando a família do Gavião. Mas a brincadeira acabou e Thor leva o irmão para falar com seu pai. Retornado com brados de vitória, afirmando que o embusteiro estava morto e o planeta estava sob sua proteção agora.



Thor triunfante

Agora é hora das comemorações e de lidar com as conseqüências. Thor ganha credibilidade entre todos, pois provou que falava a verdade o tempo todo. Hank Pym tenta sair pela tangente, dizendo que estava nos Libertadores como agente infiltrado. Diz que seus Ultrons podem confirmar, em seguida, vemos Wanda dando em cima de um dos robôs. Hilário e bizarro ao mesmo tempo.

Todos os governos que estavam no controle dos Libertadores rapidamente negam todo o envolvimento no ataque. Mudanças estão se operando no horizonte. Steve Rogers e os Supremos pedem demissão da SHIELD. O Capitão diz a Fury que não devem cuidar do país, e sim do mundo. Serem independentes é a única solução, pois mandar os Supremos para invadir outros país a mando do governo dos EUA apenas instigaria ódio e respostas violentas dos invadidos, como pôde ser visto neste ataque aos EUA. Rogers parece preocupado em fazer com que o grupo sirva a um ideal, e não a interesses governamentais. As preocupações de Janet sobre quem financiaria a equipe são rapidamente dissipadas, pois Tony Stark assume as despesas. Tudo isso são designios de Odin, segundo Thor.

Em seguida, outro grande momento. Natasha está se recuperando no hospital após cortar os pulsos para se livrar das nanitas de Stark. Mas a justiça finalmente a alcança, na forma de Clint Barton. O Gavião vinga a morte de sua família, mas a Viúva encara seu destino fatal, perguntando se o herói não queria mandar um recado para a esposa e filhos. Barton diz que eles não vão para o mesmo lugar, matando-a com uma flechada e mandando-a queimar no inferno.



Hora da vingança

Na mansão Stark, acompanhamos a reforma que a está transformando na nova base dos Supremos. Stark mostra que é tão futurista quanto sua versão 616. Ele assumir os custos da equipe era um dos catorze desfechos possíveis, estando entre os três primeiros. Está determinado a fazer um bom trabalho, e até lucrar com isso. No entanto, Tony derrama lágrimas pela traição de Natasha, dizendo que está de coração partido. Mas nada como uma loira deslumbrante para curar problemas de coração partido. Tony Stark é hilário.


Tony Stark

No Triskelion, agora convertida em prisão de supervilões, Janet está visitando Hank Pym, que ocupa a cela outrora de Banner e Thor.

Em um epílogo, no ano de 1942, vemos a noite de despedida de Steve Rogers e Gail Richards. Um toque de nostalgia perfeito para homenagear Stan Lee e Jack Kirby.

Steve e Gail

Com o fim do volume dois de Supremos, temos em mãos um clássico moderno. Apesar de tantos problemas com periodicidade, que fizeram até esta conclusão ser publicada com meses de atraso, com a direção de Mark Millar e Bryan Hitch, pudemos testemunhar a melhor série do Ultiverso. Uma série realista, onde a linha que separa heróis e vilões não é nunca muito clara. Ironicamente, Mark Millar trouxe os Supremos mais próximos da versão 616, ao deixá-los independentes, e o próprio Millar, no Universo 616, está na direção oposta, com a lei de registro que está abalando as estruturas na Guerra Civil. Com seu fim, não deixa de ser um pouco triste. Por que digo isso? Com a imagem da equipe sob a batuta de Jeph Loeb e Joe Madureira, que encabeçam o volume três, divulgada recentemente, só há uma coisa a se dizer: tenham muito medo (se tiveram alguma dúvida, cliquem aqui)

Eddie

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