terça-feira, 7 de agosto de 2007

Universo Marvel Anual: 3 histórias Fantásticas

Dando prosseguimento às histórias que rechearam o encadernado da Universo Marvel Anual, que só chegou às bancas em meados de Julho, resumiremos agora não um, mas sim três contos sobre a mais fantástica das famílias Marvel. São três pontos tocados, que considero o cerne do grupo – a Família, o Inimigo e o Desconhecido.

Quarteto

Na primeira história do grupo, temos um especial de quarenta anos do primeiro casamento das HQs Marvel – Reed e Sue, o Senhor Fantástico e a Mulher Invisível, celebram o aniversário de suas bodas que, mesmo naquela época, contou com celebridades que iam desde o Capitão América até Jack Kirby e Stan Lee.

Agora, anos depois, eles se vêem em uma outra e inesperada maneira de relembrar aquele evento. Convidados para um encontro especial, acabam se confrontando com muitos outros Reeds e Sues de outros tempos. Ali, naquele momento único, são levados a muitas situações importantes do passado, como o momento em que descobriram que amavam um ao outro. Tudo isso, na verdade, foi organizado por suas versões muito mais velhas, que decidiram se presentear antes de seguir para um aventura final.

Esta foi uma brilhante história, presenteada por Karl Kesel e Drew Johnson, que nada mais mostra que a consagração da família, através do casamento mais fantástico de todos os tempos.

Quarteto

A segunda história, escrita por Dwayne McDuffie e desenhada por Casey Jones, refere-se a um especial lançado originalmente em fevereiro de 2006, num momento impreciso de estimar, mas que deve remeter a pouco depois do eterno inimigo do grupo – o Dr. Destino – ressurgir do Inferno.

A história começa com uma página clássica, que remonta aos tempos áureos de Reed e Von Doom na universidade, quando os egos de ambos eram inflados demais, e viviam competindo entre si para provar quem era a maior mente do planeta. Foi naquele tempo que Destino sofreu seu pavoroso acidente e Reed invadiu seus aposentos para roubar algo importante do adversário.

De maneira inusitada, este parece ser o momento em que contas devem ser acertadas, e Destino acha conveniente que isto seja feito em um jantar formal. Enquanto “Destinobôs” tentam invadir os lugares mais seguros de Nova York, em busca do que foi tirado de seu mestre tempos atrás, Von Doom e Reed terminam uma partida de Xadrez que foi iniciada muitos anos atrás.

O embate final termina com um fracasso completo de Destino – no jogo e em seu plano. Contudo, Reed decide devolver ao vilão o que lhe foi tirado, o amuleto de sua falecida mãe cigana, que está presa no inferno, e que Victor pretendia salvar usando o artefato como imã. Nada mais que um breve momento de reconciliação entre dois competidores, e uma boa história para mostrar quão forte é este ícone para o Quarteto.

Quarteto

Por fim, a terceira história também escrita por Karl Kesel e com os desenhos excepcionais de Lee Weeks, refere-se ao que direcionou o grupo para o que ele é hoje – as mirabolantes viagens ao desconhecido, seja o espaço remoto ou tempos distantes.

Desta vez, os motivos que levam a essa jornada são por demais pesarosos. Todo a trama se dá pela morte inesperada de um dos membros do Quarteto Fantástico, cabendo ao mais jovem de seus integrantes voltar no tempo para tentar consertar tudo isso.

A história, que começa com uma boa dose de piadas afiadas do Coisa, termina com um leve gosto de pesar, mas que mesmo assim não deixa de valer a pena. A grande pergunta que resume tudo isso é: pode alguém verdadeiramente mudar o futuro quando este é na verdade seu passado?

Quarteto

E são estas as três histórias contidas neste anual, que mesmo não tendo grande importância para a cronologia, acabam expondo de forma bem sutil – quando juntas - o verdadeiro significado do quarteto.


Coveiro

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