domingo, 4 de novembro de 2007

X-Factor: Duplicidade

X-Factor #10

Meados do século XIV, período em que a Peste Negra assolou toda a Europa, matando cerca de um terço de toda a sua população. No País de Gales, a população de uma pequena vila busca o culpado da vez para a morte trazida pela doença. E o eleito é um menino que, por ser considerado inteligente demais para sua idade e, dizem uns, controlar os ventos, foi considerado uma abominação de satanás pelos camponeses extremamente religiosos. Curiosamente, eles dizem recorrer a essa resposta pois matar todos os gatos, normalmente considerados animais de mau agouro, não resolveu o problema. Digo curioso porque, ao dizer isso, vemos um quadro em que os ratos (verdadeiros portadores das pulgas que transmitem a Peste), parecem proliferar com a ausência dos felinos. Apesar do menino, Dai, não ser o responsável pela doença, em uma coisa os camponeses medievais têm razão. Ele não é normal.

Enquanto Dai e seu pai são atacados, o menino mostra que realmente pode controlar o ar a sua volta, mas isso acaba espalhando o fogo que ardia sua casa por todas as casas ao redor. Antes que possa reagir, Dai está no topo da colina próxima a sua aldeia, que já mão queima mais, e é interpelado por um homem trajando um terno típico do século XXI. É Damien Tryp, o chefe das Investigações Singularidade, cujo DNA recentemente foi identificado como idêntico ao de seu próprio filho. Ele diz apenas ao menino, que aquilo é só o começo.

X-Factor

De volta ao século XXI, em Wolverine 35, vemos Tryp em seu escritório. Ao saber por sua secretária que um de seus funcionários, o Professor Henry Buchanan, que nunca falta, não foi trabalhar hoje. Visivelmente desconfiado, ele pede o número de um tal "Sr. C", crendo que seja necessário lhe fazer uma ligação.

A desconfiança de Tryp não é infundada. Buchanan está muito assustado com o que é feito na Singularidade (ainda que isso não nos seja revelado) e dá a entender a sua esposa, Alix, que se ele se recusar a continuar seu trabalho, até mesmo a vida dela estaria em risco. Contudo, ele vê no jornal seu último fiapo de esperança, quando lê a notícia do X-Factor mandando o governo literalmente “se catar” por causa do registro de super-heróis.

X-Factor

No prédio do X-Factor, Jamie Madrox, acorda de ressaca. O grupo foi comemorar na noite anterior a peitada que deram nos X-Men e a declaração pública anti-registro. Ele pensa, com um pouco de dor de cabeça, em toda essa situação relativa ao registro e à sua posição de liderança. Madrox parece ainda sentir incômodo por sua posição de decisão.

Quando Jamie vai ao banheiro, cruza com uma cópia sua que não lembra (por causa da bebida) de ter criado na noite anterior. E identificamos rapidamente que a personalidade da cópia é de um verdadeiro "Don Juan". Até aí, tudo bem. Madrox o reabsorve e segue seu caminho. Então, a surpresa. Interpelado por Theresa Cassidy, a Siryn, percebe que aquela cópia teve uma noite romântica com ela!! E, mesmo reabsorvendo-o, não consegue se recordar de nada. Quando isso já parece um problema, a coisa consegue piorar. Momento depois, Monet aparece com o mesmo comportamento, indicando que a cópia não se satisfez apenas com uma de suas colegas. Agora sim Jamie tem um grande problema.

X-Factor

Quando achamos que Peter David já nos fez rir o bastante com o absurdo da situação, Madrox cruza com Layla nas escadas e, quase em choque, esboça a pergunta de se ela e sua cópia fizeram algo na noite anterior. A menina, que, como já dissemos, "sabe das coisas", rapidamente diz que não, lembrando que os dois se casarão no futuro, e que ela se guarda para a lua-de-mel.

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Andando normalmente pelo Distrito-X, Guido é abordado por um esbaforido prof. Buchanan, que pede proteção. Não há tempo para o mutante entender, mas só protegê-lo de um lança-foguetes disparado de dentro de um carro. Sobrevivendo normalmente ao ataque, Guido leva o professor até o X-Factor.

Enquanto Buchanan se acalma, uma observação curiosa de Layla. Ela diz que dificilmente sabe de algo que acontecerá com Guido. O professor, então, revela porque está sendo perseguido. Diz que é microbiólogo, e que desenvolvia um vírus para a Singularidade. Um vírus para eliminar toda a raça mutante restante depois do dia M. Madrox age impulsivamente, lembrando do Vírus Legado, que matou uma de suas cópias (confundida com o original por muito tempo), agredindo o professor. Contido, ele pede desculpas pela reação. Buchanan diz que tem as provas em um cofre, ao que Madrox pede a Guido que o leve até lá para pegá-las. É a chance de derrubar os Tryp.

X-Factor

Em um interlúdio, Rictor procura Mercúrio para saber mais de sua habilidade de restaurar poderes mutantes. Pietro, como já notamos, cada vez mais se considera um predestinado, um homem com a missão divina de, depois do dia M, dar de volta os poderes mutantes àqueles que realmente os merecem. Parece que sua loucura aumenta cada vez mais.

Levando Buchanan ao cofre de carro, Guido recebe um telefonema. Sem mesmo desligar, ele surpreendentemente assassina o professor, única testemunha contra a Singularidade. Pior, descobrimos que, do outro lado da linha estava Damian Tryp. Guido Carosella era o Sr. C., e ele age de acordo com as ordens de Tryp.

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Mas, por quê? Quem é aquele menino do início da história e o que Tryp fazia no século XIV? Respostas nas próximas edições.


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